sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Refinados e venenosos.

Quem me conhece sabe que tenho imenso respeito pela ciência. Até porque ela se entende incompleta, está em busca de superação constante, de acordo com suas possibilidades instrumentais, tecnológicas no tempo histórico em que faz suas pesquisas.


Se no século XIII acreditávamos que a Terra era o centro do sistema, hoje já temos instrumentos capazes de confirmar que em verdade é o amigo Sol o grande astro do pedaço.

Com isso, temos de conviver com esta enorme ferida narcísica: Pertencemos a um planetinha minúsculo da galáxia, representando pequeno grão de areia no Todo criado pelo Pai.

Simples assim.

Então, não existe vergonha alguma em apontarmos erros, aceitarmos as mudanças, irmos em busca do novo, superando aquilo que não nos serve mais, seja no campo científico, filosófico ou religioso.

Afinal, quem gosta de viver na ignorância só colhe dificuldades.

E, por falar em dificuldades,  no século XIX existiram alguns "erros científicos" desastrosos, que perduram até hoje, apesar de tantas evidências sobre tais assuntos.

Um dos mitos que nos prejudica enormemente diz respeito aos tais "refinados", apresentados como produtos do futuro, bênçãos de saúde e alegria do paladar.

A cocaína, a farinha de trigo e o açúcar, são três dos "pós brancos" letais.

Todos eles são o resultado de um processo de “refino”: da coca, do trigo e da cana.
Três venenos que causam muito mais males que benefícios.

Quando a ciência afirmou que o "refinamento" (veja que ironia usarmos este termo!) seria o mesmo que extrair o melhor que há na natureza - sua essência - equivocou-se, pois deixou de observar a sabedoria intrínseca existente nela mesma, em sua apresentação nutritiva, em sua integralidade eficaz.

Deixou de levar em conta que a natureza por si só é sábia e não nos pede nenhum processamento para consumo, muito ao contrário!

Deus não joga dados!
Correto, Einstein! Não joga dados, nem produz materiais incompletos.

Tudo o que está disponível para os seres da criação é bom, útil, valoroso. dentro de cada espécie. de acordo com suas potencialidades e caracteristicas filogenéticas.

Os alimentos devem ser consumidos preferencialmente in natura, sem cozimentos, sem aditivos, sem refinados, conservantes, corantes, e todos os "antes" que vemos acumulados em pequenas porções nas prateleiras dos supermercados.

Aliás, este processo de refinamento  submete as plantas a todos os tipos de maus-tratos.
São esmagadas entre cilindros de aço, lançadas no fogo, recebem cortes de navalha, banhos com ácido, etc.
Como podemos achar que, depois de tantos ataques à vida, o resultado poderia ser bom?

O trigo e o açúcar comprovadamente causam problemas à saúde. Nem tocarei mais no assunto cocaína, pois ao menos este me parece ser unanimemente apontado como sendo prejudicial. Ou melhor, cabe ainda mais um comentário sobre a cocaína [bem lembrado por uma amiga querida]: ela vicia (claro!), assim como o açucar, este "doce veneno" que é servido em potes e copos lindos, para crianças e adultos, diariamente.

Quando usados cotidianamente, estes produtos aceleram o processo de acidificação do sangue, levando o organismo a um estado de inflamação constante. O sistema inumológico entra em colapso, deixando de proteger o corpo contra diversos tipos de ataque.

O açucar, além de causar diabetes e problemas cardiacos, promove a produção de fungos, prejudicando enormemente a microcirculação e, portanto, todos os orgãos e tecidos.

São venenos brancos, vendidos como maravilhas para a culinária, que levam a população ao adoecimento.

A natureza, repito, é sábia.

Casca, brotos, caules, polpas.. tudo é bom, desde que usados com sabedoria.
A ciência da nutrição já deu passos largos neste século e muito nos tem ajudado nestes caminhos.

Como dizia o poeta "a lição sabemos decór, só nos resta aprender!"


Finalizando o alerta, colo aqui pequeno trecho de um texto escrito por Denis Burgierman, jornalista, escritor e sócio da Webcitizen, uma empresa que cria plataformas de engajamento cívico e mobilização.

"Em 1870, caímos na ilusão de que era possível “refinar” plantas até extrair delas o bem absoluto, apenas para nos convencermos décadas depois de que tínhamos criado o mal absoluto. Mas será que o problema não é essa mania humana de separar as coisas entre “O Bem” e “O Mal” em vez de entender que o mundo é mais complexo que isso e que há bem e mal em cada coisa? Trigo, cana e coca, se mastigados inteiros – integrais – são nutritivos e inofensivos e protegem contra doenças crônicas. Precisamos parar de tentar “refinar” a natureza e entender que ela é melhor integral."








3 comentários:

  1. Belo texto...mas a verdade vai surgindo, e a consciência se alterando...para o melhor !!! Parabéns !!!

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  2. Prezada Unknown,
    Textos que são colocados com boa intenção, são sempre bem vindos. Principalmente os escritos por pessoas corajosas, que assinam suas postagens. Caso queira tornar a comentar algo, esteja à vontade, desde que se identifique e use de boa intenção, uma vez que este espaço nasceu com tal motivação e meta: honestidade e aprendizagem amigável.

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