quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Brotos - Fáceis de Germinar e Repletos de Nutrientes.

Os brotos são alimentos vivos, com incrível quantidade de força vital. Durante o processo de germinação das sementes, estas adquirem uma concentração maior de vitaminas e os carboidratos complexos e as proteínas são convertidos em formas mais fáceis de serem digeridas.

Eles contém enzimas que nos ajudam na digestão e energização das células.

Usar os brotos em saladas ou receitas variadas é ato de inteligência, pois eles o ajudarão a ter uma vida mais saudável, com maior disposição e alegria.

Vale destacar que os brotos são usados há milhares de anos como parte de um estilo de vida saudável e curador. Os chineses comem brotos com regularidade desde 3000 aC. para tratar flatulência, dores musculares, perda de sensibilidade nos nervos, distúrbios digestivos e problemas pulmonares.

A autora do livro "Brotos - Receitas da Culinária Viva" - Kathleen O´Bannon, comenta que "um antigo e abrangente estudo sobre ervas e medicamentos chineses cita o uso de brotos para reduzir inflamações, gerar efeito laxante, curar reumatismo e desenvolver e tonificar o corpo". (p. 17)

Também os essênios usavam os brotos no preparo do pão de cada dia. Aliás, a receita do pão essênio pode ser encontrada aqui mesmo neste blog, em postagem mais antiga.

Atualmente os brotos são facilmente encontrados nas quitandas e supermercados. Aos mais aplicados, indico a busca por sementes orgânicas em lojas de produtos naturai. Vale a pena germinar e cultivar estes brotos em casa, tanto pela praticidade quanto pela confiança no produto que irá para a mesa.

Eles também podem ser usados nos sucos, ou mesmo sendo colocados por cima da sopa, na hora de servir.

Picados com salsinha formam uma maravilhosa guarnição para qualquer alimento cozido, acrescentando gosto e frescor!

Quero destacar que os fitoquimicos compõem um grupo de nutrientes benéficos à saúde e eles estão presentes nas plantas, aumentando nossa resistência imunológica e protegendo nosso corpo de doenças como o câncer, por exemplo. As saponinas, encontradas no feijão-roxo, no grão de bico, na soja e na lentilha, podem evitar que células cancerígenas se multipliquem.

Os brotos de brócolis e couve-flor com três dias  contem  de dez a cem vezes mais glucorafanina ou sulforafano do que as plantas maduras. Esses fitoquimicos mostraram-se muito eficazes na redução
dos tumores de mama. segundo estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins. O estudo concluiu que "uma pequena quantidade de brotos de brócolis ou de couve-flor é tão capaz de reduzir o risco de câncer quanto quantidades bem maiores de vegetais maduros da mesma variedade".

Resumindo - por serem alimentos vivos, os brotos fornecem nutrientes que atuam no sistema imunológico, tornando-nos mais forte no combate às doenças.

Brotos de sementes oleaginosas, batata-silvestre, soja e girassol são usados há séculos para curar doenças imunológicas e autoimunes.



* * *

Maiores informações podem ser conseguidas no livro de Kathleen O´Bannon, acima citado. Trata-se de uma obra completa, com diversas dicas a respeito de germinação, cuidados e técnicas, contendo, ainda, receitas deliciosas e práticas.



Torta Viva do Amor Inteiro

Batizei esta torta com este nome por conta de uma brincadeira com relação à franquia Amor aos Pedaços, famosa por seus doces bonitos e gostosos.

Nossa proposta se diferencia, a partir do momento em que oferecemos nesta receita sabor, mas também muita saúde e energia. Nada aos pedaços, tudo inteiro, completo, delicioso e natural.

Nesta torta não colocaremos nem açúcar, nem gorduras, tampouco conservantes. Não assamos, nem usamos nada previamente cozido.

Tudo vivo, rico e cheio de força vital! Ótimo para manter a saúde, comendo um doce delicioso, sem nenhum peso na consciência.

Aliás, modéstia a parte, ficou dos deuses!!!

Para melhor aproveitamento dos ingredientes, hidratei as amêndoas por 3 horas e depois fiz um delicioso leite vegetal com elas. Separei os resíduos e usei na receita apenas uma parte.


Vamos aos ingredientes:

150gms de resíduos de amêndoas (no meu caso, coloquei 350gms de amêndoas para hidratar, fiz o leite e usei um pouco menos da metade na receita da torta. O restante dos resíduos de amêndoas usarei na receita de pão essênio que farei amanhã.)
2 maçãs sem sementes
10 damascos hidratados por 3 horas
50 gms de uvas-passa hidratadas por 3 horas
3 colheres de sementes de linhaça.
canela em pó.
1/2 abacate maduro
1/2 copo pequeno de agua de coco
1 colher de cacau orgânico sem açúcar
nibs de cacau (planeta cacau - embalagem na imagem à direita) - opcional
3 colheres de agave

Modo de Fazer:

Faça um creme de cacau, batendo o abacate, o cacau, o agave, a água de coco e uma colher de sopa de nibs de cacau, no liquidificador. Separe este creme.

Em um processador coloque as maçãs com casca e sem sementes e processe pouco, deixando-as em pedaços pequenos. Depois processe os damascos com as uvas-passa.

Em uma travessa misture as maçãs, os damascos com as uvas-passa, a canela e as amêndoas moídas. Misture bem. Esta massa deverá estar doce apenas com a frutose natural dos ingredientes.

Ajeite a massa em uma travessa (conforme imagem) e, por cima, coloque o creme de cacau.

Enfeite à gosto.

Eu coloquei morangos orgânicos que recebi nesta semana e um pouco de hortelã.

Aliás torno a destacar que todos os ingredientes devem ser orgânicos, a fim de evitarmos problemas com contaminações, etc.

Aos interessados, ler a postagem sobre alimentos orgânicos, pois lá coloquei diversos motivos para o uso deles. Vale a pena consultar!

Bom apetite!


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Por que alimentação viva?

Rodando a internet, encontrei um pequeno texto do Paulo Yamaçake, antigo componente da equipe do Tree of Life Rejuvenation Center (EUA), dirigido pelo Dr. Gabriel Cousens, explicando sobre alguns dos benefícios da alimentação viva.

Nele, o profissional elenca cinco motivos para optarmos por este tipo de alimentação.

Poderíamos citar outros ainda, tais como a questão ética, ambiental, etc., porém me limitarei ao que ele propôs, pois já são informações valiosas, que podem fazer-nos repensar nossa forma de lidar com os alimentos.

  1. Minerais – Os minerais tem uma carga iônica nos vegetais crus e vivos, quando cozinhamos eles perdem esta carga se tornando menos biodisponíveis pro organismo, logo, comer alimentos crus são mais facilmente assimilados pelo organismo.
  2. Vitaminas – Algumas vitaminas são rapidamente degradadas com a temperatura, alimentos in natura tem mais concentração vitamínica.
  3. Enzimas – As grandes e verdadeiras trabalhadoras do corpo estão plenas de vida e atividade nos vegetais crus, depois de cozido praticamente todas são degradadas. No alimento cozido além do corpo não se nutrir de tantas enzimas benéficas ele pode ter que usar parte do próprio estoque pra tornar o alimento cozido assimilável e útil ao organismo.
  4. Campo Energético – Os alimentos vivos possuem energia, que é destruída total ou parcialmente com o cozimento ou processamento, veja as fotos abaixo. Existe luz nos alimentos e em nós, é muito bom nutrir-se de luz.
  5. Sabedoria da Natureza – A geração de toda a vida é um milagre além, muito além, do que a nossa ciência pode explicar, assim como não vemos os campos energéticos, existem diversos tipos de campos (elétrico, magnético etc.), nutrientes e energias que a natureza produz e que a tantos anos tem beneficiado o ser humano que estão presentes nos alimentos vivos, alimentos colhidos em conexão direta com a natureza, especialmente se forem selvagens ou orgânicos, estão plenos e abastecidos da abundância da vida.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sobre beagles, macacos, ratos e camundongos...

O texto abaixo foi escrito pelo Dr. Alberto Gonzalez Peribanez, médico, professor e amigo, que muito me ensinou sobre alimentação viva e ética vegetariana. Foi com ele que pude conhecer e desbravar diversos temas relativos a questão da saúde humana, através de aulas muito interessantes e revolucionárias, no Parque Estadual Intervales.

Convido-os à leitura e reflexão sobre a questão da indústria farmacêutica, os lucros de corporações e o uso desumano de animais e mesmo seres humanos na produção de mais dinheiro e poder.

Um sistema corrosivo, opressor, voltado para a morte, que só pode ser desmantelado com uma mudança radical de nossa postura.

* * *


Sobre beagles, macacos, ratos e camundongos...

... O que se torna questionável na atual forma do exercício da docência em medicina é que semestres adiante os alunos terão em mãos um formidável arsenal de medicamentos e equipamentos de alta tecnologia diagnóstica e interventiva, que os habilitem a desmantelar, interromper, suprimir e mutilar as perfeitas rotas metabólicas e sistemas fisiológicos que foram ensinados no ciclo básico. Não há sequer uma menção, no ciclo clínico, de como fazer o regresso ao estado de saúde pela recuperação da fisiologia e metabolismo normais.

A prática alopática cristaliza-se mais adiante na vida profissional, através de uma fiel e abrangente parceria estabelecida entre a indústria farmacêutica e a de prestação de serviços médicos. Está representada em diversos níveis: i) pesquisa experimental em animais; ii) terapêutica exploratória em voluntários saudáveis, iii) testes em pacientes selecionados e iv) testes em mais duas fases de pacientes, até que novos medicamentos sejam aprovados.

Os custos de pesquisa e desenvolvimento por cada molécula ou princípio ativo, esta pequena parte da natureza que estará concentrada em um comprimido, são de aproximadamente US$ 800.000.000 (oitocentos milhões de dólares). Somente uma de cada 10.000 moléculas sintetizadas chegará ao mercado. Mesmo assim, a indústria farmacêutica viu seu faturamento anual aumentar de US$ 6,18 para US$ 10,3 bilhões entre 1994 e 1998. Pode-se facilmente concluir que existe grande prosperidade nos meios médicos e industriais onde estas quantias circulam. Infelizmente o mesmo não se aplica aos que estão doentes, do outro lado do mundo e do balcão, sem dinheiro para comprar remédios.

Formam-se então vínculos duradouros entre representantes da indústria de medicamentos e os grupos médicos envolvidos nas mencionadas pesquisas. No Brasil esta cumplicidade se estabelece nas fases 2 e 3 da terapêutica exploratória, quando os efeitos colaterais ainda não são plenamente conhecidos. Exemplos drásticos são o do Vioxx e Celebra, que foram trazidos ao país com grandes honras, na forma de anti-inflamatórios sem efeitos gastrointestinais, mas provaram, após anos de uso em milhões de pacientes, ser capazes de dobrar os riscos de infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. Definitivamente, uma triste situação para os que estão doentes e só podem contar com remédios que, além de caros, são perigosos.

Documentos de grandes empresas de medicamentos foram revelados, deixando claro que estas multinacionais detém os conhecimentos da cura da maior parte das doenças por métodos naturais, ou "fisiológicos" e obstruem de forma sistemática a divulgação destes. A revelação de seu conteúdo colocaria em cheque o uso da maior parte dos medicamentos conhecidos

...Em minhas aulas digo em tom de brincadeira, que troquei o microscópio pelo liquidificador. De fato, passei oito anos de minha vida entre a Alemanha e o Brasil, pesquisando microcirculação, com equipamentos de alta tecnologia. Os resultados de minhas pesquisas eram levados a um grupo seleto de pesquisadores. Há dois anos venho fazendo palestras com um liquidificador, entre outros apetrechos de cozinha. Os resultados das pesquisas já não são mais meus, pois são trazidos por todos os participantes da mesa, num processo criativo coletivo. Mesa que recebe cientistas, donas de casa ou pedreiros.

Também digo que troquei a bancada do laboratório pela pia de cozinhas ao redor da cidade. Aos invés de realizar experimentos com melancólicos ratinhos, minhas mãos ensinam outras a germinar, no seio daquelas cozinhas, as sementes da nova vida...

"Lugar de Médico é na Cozinha!" Editora Alaúde

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Patê de Nozes com Tahini

Receitinha simples de ser feita, saborosa e rica em nutrientes.

Para fazer, basta ter em casa:

150 gms de nozes,
1 colher de tahini.
1 dente pequeno de alho,
4 colheres de azeite,
suco de 1 limão,
sal e uma pitada de zaatar para decorar (e também aumentar o sabor).

Modo de Fazer:

Primeiro hidrate as  nozes por pelo menos três horas. Depois retire-as da água, colocando-as no liquidificador com todos os outros ingredientes. Bata bastante, até formar um creme. Para dar o ponto vá adicionando um pouco de água mineral, sem deixar ficar mole demais.

Para mexer, não se esqueça de usar um "biossocador" (cenoura longa ou um pepino japonês). Os
talheres de madeira ou metal podem danificar o aparelho e comprometer a receita.

Este patê fica delicioso e deve ser servido com pão essênio, ou com pão de grãos Gani Amici. Este último fica delicioso quando aquecido por alguns minutos antes de ser servido.

Um ideia é decorar os canapés com pequenas rodelas de tomate cereja, salsa, um pouco de cenouras raladas e azeitonas.
Se preferir, pode colocar um pouquinho de salsas picadinhas na receita.
Fica lindo de ver e delicioso de comer!


Vale lembrar que o pão Grani Amici não tem gluten, nem açucares e nem lactose.


Bom apetite!

domingo, 20 de outubro de 2013

A questão ética com relação aos animais

Estive ausente da internet nos últimos dias, por conta de trabalho e estudos. Entretanto, mesmo via celular, pude ver um pouco das manifestações pró animais no facebook, com relação aos testes realizados por algumas indústrias, sem a mínima ética ou compaixão.

Confesso que fiquei muito contente com os protestos (claro!) , afinal denotam, acima de tudo, que existem diversas pessoas sensibilizadas com o tema, o que já representa grande progresso.

Entretanto, a questão relativa aos animais é bem mais abrangente.

Ela toca em pontos sensíveis da nossa sociedade, visto que diz respeito não apenas as práticas relativas a produção de cosméticos ou mesmo de medicamentos, esbarrando, sobretudo, nas questões alimentares, do meio ambiente e até mesmo extinção da fome no mundo.

Se quisermos realmente trilhar por caminhos éticos, teremos de abrir mão de muitas coisas em benefícios de tantas outras, muito mais valiosas e urgentes, a começar pela ausência de carne animal em nossos pratos assim como dos produtos de origem animal, pois são fruto de exploração, escravidão, dor e diversas privações.

Esta é a única arma possível, que poderá desmantelar o sistema corrosivo que nos envolve e que tanta dor e morte tem causado pelo mundo. E não estou falando apenas da morte dos animais, mas também da morte de humanos, que se intoxicam com hormônios e antibióticos gorduras e toxinas contidas neste "alimento", assim como da morte de florestas inteiras para pastos, contaminação de rios e mares, etc.

Só quando abrirmos mão do efêmero prazer do nosso paladar (que pode ser saciado com muitas vantagens e alegrias, usando-se de boa vontade e criatividade), assim como das questões culturais que não nos cabem mais, conseguiremos, como força maior que somos, mudar a direção dos ventos que nos atingem e que tanto mal tem causado a nós e ao Planeta.

Voltando ao tema "testes com animais", vale lembrar que segundo o professor Silvio Luiz Negrão existem "muitas outras maneiras alternativas para testes de produtos cosméticos e farmacêuticos, que em muitos casos eliminariam a necessidade de realizar os testes primeiro em animais para depois transpor os resultados aos seres humanos: utilização de células e tecidos cultivados em laboratório para pesquisas toxicológicas e investigações de natureza bioquímica, culturas de células de diversos tecidos podem ser utilizadas e nelas podem ser realizados testes de toxicidade de várias substâncias. Teste da membrana corioalantoide: utiliza ovos de galinha fertilizados para avaliar a irritabilidade da membrana corioalantoide, que possui uma grande quantidade de vasos sanguíneos."

Abaixo, disponibilizo um vídeo bem interessante a respeito, que pode ser assistido em poucos minutos, e que poderá ter um efeito transformador em sua vida.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Jasmine - Uma Empresa Comprometida Com o Planeta

Sim, apesar dos tantos despontamentos pelo mundo [principalmente por conta do sistema vigente], existem pessoas, empresas e ideias boas, que realmente valem a pena, que merecem ser divulgadas!

Os amigos e conhecidos já sabem que carrego a bandeira do Veganismo - de uma filosofia de vida mais sustentável, mais amorosa.
 
E nesta trilha, acabei encontrando, pelas esquinas do mundo, pessoas que quiseram ler o que escrevo, ouvir o que digo.
 
Tanto que, graças à curiosidade e sintonia de muitos, montamos a 1ª Oficina de Alimentação Viva no Espaço Pampédia, em SP, como uma proposta de educação alimentar para o terceiro milênio, por ser ela totalmente livre de sofrimentos, de abuso, escravidão, morte... uma alimentação consciente, para a vida.
 
Logo que decidimos montar este encontro, uma querida amiga que, por coincidência [será?], trabalha na Jasmine®, me ofereceu amostras dos produtos da empresa. Vale destacar que a Jasmine produz alimentos livres de origem animal, com a melhor procedência. Aliás, sou cliente deles, faz tempo!
 
Fiquei muito contente com a oferta, aceitei de imediato e, conforme previsto, chegou a tempo para nossa oficina.
 
Enviaram muitos produtos, todos fantásticos  e, além disto, catálogos com tudo o que produzem para o mercado. Fiquei realmente impressionada!
 
Logo na contracapa do catálogo, um texto me chama a atenção:
 
“A alimentação muda o corpo, o humor, a disposição.
A alimentação nos integra às pessoas, aos bons sentimentos, à natureza e ao planeta.
Ela é a semente que nos transforma aos poucos, de dentro para fora.
Acreditamos que comer bem é viver bem, no seu sentido mais amplo.
Acreditamos que as pessoas e o mundo serão mais felizes assim.
E a nossa missão é contribuir para esta mudança.”
 
Nem preciso dizer o quando gostei do que li. No que diz respeito aos alimentos, penso exatamente como a direção da Jasmine.
 
Só tenho mesmo que agradecer o carinho por nos enviarem os produtos tão rapidamente e dizer que continuarei sendo cliente da empresa por acreditar em sua filosofia, em seus produtos e em sua missão.
 
Muito Obrigada!

Fukushima - Grande Desafio Para a Humanidade

Todos lamentamos quando o tsunami de 2011 atingiu a costa japonesa, causando enormes estragos, destruindo cerca de 400 mil casas e outros edifícios no litoral nordeste do país, onde cerca de 315 mil pessoas ainda permanecem em residências temporárias dois anos depois, além de ter provocado uma crise nuclear sem precedentes.

O saldo deste drama foi complicado, gerando 18,5 mil mortos.

Porém, não apenas isto.

O fantasma da usina atômica continua presente, causando problemas ambientais de enormes proporções, sendo hoje, talvez, o maior desafio humano a ser enfrentado.

Durante a Segunda Guerra Mundial a energia nuclear demonstrou sua potencialidade de causar danos, como ocorreu nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. As cidades foram palco de uma das maiores chacinas da história, matando milhares e contaminando gerações.

Porém, a questão da energia atômica é complexa. Se por um lado ela gera energia com múltiplas aplicações na medicina e indústria, de outro, sabemos que existem problemas ambientais relacionados com os acidentes que ocorrem nas usinas e com o destino do chamado lixo atômico - os resíduos que ficam no reator, local onde ocorre a queima do urânio para a fissão do átomo.

Os tanques com este lixo são descartados no mar, o que os torna potencialmente perigosos, afinal, como vimos em Fukushima e em Chernobyl, os acidentes acontecem.
No caso de ambas as usinas, os materiais radioativos foram liberados de dentro do reator, ocasionando a contaminação do meio ambiente, "provocando doenças como o câncer e também morte de seres humanos, de animais e de vegetais. Isso não só nas áreas próximas à usina, mas também em áreas distantes, pois ventos e nuvens radioativas carregam parte da radiação para áreas bem longínquas, situadas a centenas de quilômetros de distância". (site  Ambiente Brasil).

Desde 2011 Fukushima tem lançado ao mar toneladas de material radioativo, contaminando os mares e os lençóis de forma assustadora. Peixes com traços de radiação já foram encontrados na Califórnia - do outro lado do mundo.

Nesta semana, com a passagem de mais um Tufão pela região, a situação se agravou ainda mais.

No site Common Dreams, antes ainda da questão do tufão, lemos a informação de que "a empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric (Tepco), confirmou que daqui cerca de 35 dias eles começarão a tentar remover mais de 1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está bastante danificado a cerca de 50 metros do chão. Este tanque está em cima de um prédio muito danificado que está afundando, entortando e pode facilmente cair com o próximo terremoto ou até mesmo sozinho.
As quase 400 toneladas de combustível naquela piscina podem derramar 15 mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima. (grifos meus)
A única coisa certa sobre essa crise é que a Tepco não tem os recursos financeiros ou científicos para lidar com a situação. Nem mesmo o governo japonês. A situação demanda de um esforço mundial coordenado dos melhores cientistas e engenheiros que nossa espécie pode prover.
Por que isso é tão sério?
Nós já sabemos que milhares de toneladas de água muito contaminada estão vazando de Fukushima desde 2011 e indo direto para o oceano Pacífico. Já foram encontrados cardumes de sardinha com traços de contaminação na costa da Califórnia… E nós devemos esperar coisas muito piores..."
 
O embaixador aposentado Mitsuhei Murada diz que se esta operação der errado, “destruiria o ambiente mundial e nossa civilização. Não é ciência astronômica ou se conecta com debates sobre plantas nucleares. Esse é um assunto sobre a sobrevivência humana”.
 
No site pode-se encontrar mais informações a respeito.
 
A situação é triste e também muito preocupante.
 
Dos produtos do mar, o único alimento que ainda consumo são as algas marinhas, porém estarei suspendendo o uso por agora.
 
Fukushima tornou-se uma enorme fonte de envenenamento do Planeta. E, queridos brasileiros, não pensem que, por estar lá do outro lado da Terra, seremos poupados do drama. Este é um assunto global - como tudo, embora ainda não tenhamos nos dado conta disso.
 
Cabe à nós, humanos, nos conscientizarmos dos problemas que dizem respeito ao nosso entorno, trabalhando por uma realidade diferente, pois temos atuado até aqui de forma tão somente predatória e inconsequente.




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mitos e verdades sobre as proteínas e o ferro na dieta vegana

Com muita frequência as pessoas me perguntam como eu resolvo o "problema" de ingestão de proteínas, já que não como nada de origem animal.

Primeiro creio que precisamos dar conta de derrubarmos alguns mitos a respeito.

Ser vegano não é coisa do outro mundo, acredite! Dá para ser e ainda assim possuir ótima saúde, até melhor que a de muitos onívoros. E, não! Não passamos vontade, nem comemos coisas sem sabor, como fantasiam muitos.

Como podemos dar conta de entender este "milagre"?  Lendo, conversando com quem segue esta dieta, estudando os muitos livros e artigos escritos a respeito.

A maior parte das pessoas, até por uma questão cultural, sente grandes dificuldades para encarar o assunto com seriedade, buscando entender as bases do que falamos, sem preconceitos ou ironias.

Porém, e até por respeito à opção de cada um, tento dialogar com aqueles que, embora não tenham aderido à prática, colocam-se abertos para aprender algo novo.

Não podemos negar que existe um crescente número de restaurantes que se dedicam a oferecer pratos com alimentos de origem vegetal, sendo possível encontrar até hambúrgueres sem carne em lanchonetes das principais cidades. Ou seja, assim como escolhemos um Burger King, podemos, na contramão da situação, optar por uma alimentação natural, orgânica até, sem muito esforço, mas com muitas vantagens.

Em uma década, o número de adeptos da dieta vegetariana triplicou em todo o mundo, segundo a Vegetarian Resource Group. Isso é ótimo e demonstra que não é assim tão difícil fazer esta escolha.

Porém, este tema ainda vive rodeado de mitos, de lendas incríveis, que vão desde uma crença de que todo vegetariano tem anemia, até que não tem reservas suficientes de proteínas.

O que devemos entender é que vegetarianos comem proteínas, com certeza! O que não comem são proteínas de origem animal (carne de boi, porco, frango ou peixe). Mas existem diversas fontes de proteínas em produtos vegetais, como soja, feijão, ervilha, cereais inteiros e outros grãos. Esses alimentos fornecem a quantidade necessária ao organismo, que é de 90 g por refeição ou 180 g por dia, considerando-se apenas as duas refeições principais

Ou seja, fonte é o que não falta... o que por vezes falta é criatividade.
.
Quanto a questão do ferro, é verdade que a absorção pelo organismo do ferro de origem vegetal é menor do que o ferro de origem animal.
Explica-nos a professora de nutrição, Clarissa Cervenka que: “A ingestão recomendada nesses casos [dos vegetarianos] é de duas vezes mais do que numa dieta carnívora. Para compensar esse menor aproveitamento, é preciso ainda combinar alimentos ricos em vitamina C na mesma refeição, pois o ácido ascórbico potencializa a nutrição do elemento. A especialista recomenda limão, caju, acerola, morango. 

As principais fontes de ferro de origem vegetal são verduras como agrião, couve, cheiro-verde, grãos integrais, nozes e castanhas.

No site VidaFit encontramos mais explicações sobre a questão do ferro: "A deficiência de ferro no organismo não é exclusividade dos vegetarianos e aparece também em pessoas que têm dieta pobre em ferro, o tipo da doença mais comum, mas também com baixos índices de zinco e vitamina B12  e proteínas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% das anemias são causadas por carência de ferro. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002-2003) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no final de 2007, o consumo de frutas e hortaliças é de apenas 2,3% do total de energia ingerida pela população brasileira, que substitui cada vez mais alimentos naturais pelos prontos ou semiprontos. “É uma dieta com alto consumo de carboidratos simples (açúcares), baixo teor de fibras e de leguminosas em geral, principalmente feijão, e também de proteínas de origem animal”, afirmou Anita Fachs. (grifos meus).

Ou seja, veganos e vegetarianos que conseguem ter uma dieta equilibrada saem destes números, pois contemplam nas refeições tudo o que precisam, mesmo sem nada de origem animal.





Sim! Os cães [e outros animais] sentem emoções como nós!

Finalmente [ e ainda bem!] a ciência tem trazido ao mundo contribuições fantásticas com relação aos animais e suas percepções.

Agora já não dá mais para fazermos de conta que não sabemos daquilo que já desconfiávamos, faz tempo: Animais sentem emoções, possuem sentimentos como os humanos; temem, se angustiam, sentem alegria, tristeza, etc.

Melhores que nós, eu arriscaria dizer, sentem estas emoções, mas ainda não se prendem às mágoas tampouco formulam vinganças.
E nós, como somos com eles?

Por certo não apenas os cães, mas muitos outros [ou todos?] como disse o cientista!

Creio que precisamos nos sensibilizar, sentir empatia para com aqueles que não se comunicam como nós, mas que falam através do olhar, como muitos de nós.

Basta-nos observa-los com mais atenção. 

Hoje cedo, enquanto caminhava no lago, vi uma cena incrível. Um gavião sobrevoou o espaço e imediatamente seis ou sete pássaros (quero-quero, bem-te-vi e outros) saíram atrás dele, afugentando-o no ar, fazendo com que mudasse de rumo, afinal diversos ninhos estavam sob ameaça.
 
Ele foi embora e todos voltaram para o lago, provavelmente satisfeitos.
Em seguida, parei para fotografar um casal de maritacas e qual não foi a alegria ao ver o amor que elas expressavam entre si! Carinhos com os bicos, abraços com os pescoços, conversas... Uma voa e a outra segue... juntas, sempre!
Isso com os pássaros. Por certo, animais maiores possuem emoções como nós, também. Cachorros, gatos, vacas, porcos, macacos... todos!
Daí a necessidade de revermos nossas ações...
Emmanuel ditou para Chico uma resposta interessante, no livro O Consolador, que depois a ciência da nutrição veio confirmar:
Perg. 129 – É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
"– A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivam numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos."

Voltando à questão das emoções, vejamos a matéria que saiu hoje, no jornal O Globo (Replicado na Band):  
 
Pesquisador confirma cientificamente o que os donos de cachorro já sabem: cães têm sentimentos, e não devem ser tratados como objetos.
 
Gregory Berns, professor de neuroeconomia da Universidade de Emory, nos Estados Unidos afirmou em um artigo publicado no último sábado no jornal “New York Times”: “cachorros são pessoas”.
Para chegar a esta conclusão, o pesquisador mapeou pela primeira vez as reações cerebrais dos cachorros a estímulos.
 
Dezenas de cães foram analisados num aparelho de ressonância magnética, com os animais completamente acordados, e não anestesiados.

“Usando a ressonância magnética para analisar a estrutura cerebral dos cachorros, não podemos mais esconder a evidência. Cães, e provavelmente muitos outros animais (especialmente os primatas, nossos parentes mais próximos), parecem ter emoções como nós”, defendeu o especialista no artigo, no qual disse esperar que as pessoas deixem de tratar os bichos como se fossem objetos.
 
Foram pelo menos dois anos treinando cachorros para que os exames pudessem ser realizados.
 
Os estudos, que ainda estão no início, indicam que há semelhanças entre cachorros e pessoas nas estruturas de funcionamento do chamado núcleo caudado, uma região relacionada aos mecanismos de recompensa.
 
Nos cães, a atividade nesta parte do cérebro também ficou ativa quando o dono do animal reapareceu.
 
Isto está sendo interpretado como um indicativo de que os animais amariam seus donos.
 
“A capacidade de experimentar emoções positivas, como o amor e o apego, significaria que os cães têm um nível de sensibilidade comparável a de uma criança humana. E essa capacidade sugere que devemos repensar a forma como tratamos os cães”, defendeu Berns.
 
O especialista vem criticando a forma como alguns animais são tratados. E reclama que as leis permitem que eles sejam tratados como coisas, que podem ser descartadas, desde que o devido cuidado seja tomado para minimizar o seu sofrimento.
 
“Suspeito que a sociedade esteja muitos anos longe de considerar os cães como pessoas”, lamentou o cientista.
 
 
 
 
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Sonho

Paul McCartney disse, certa vez, que se as paredes dos abatedouros fossem de vidro, ninguém mais se alimentaria de carne.
 
Pode ser...
 
Não gosto de vídeos que mostram esta violência para com eles, tampouco os que mostram humanos sendo torturados. Isso porque me dói muito e ainda acredito que muitas pessoas conseguirão alterar seus hábitos pelos caminhos do amor.
 
Porém, é verdade que diversas pessoas só mudaram seus hábitos alimentarem por conta de terem visto o que nós humanos realmente fazemos com estes pobres seres.
 
Abaixo trago uma outra opção - um vídeo calmo, sereno, que fala sobre um sonho. O meu sonho e de muitas outras pessoas que conheço.
 
Que ele possa aumentar, tornar-se um hino à vida, contagiando outros corações, para que, enfim, consigamos mudar a triste realidade da escravidão animal.

 
 

domingo, 6 de outubro de 2013

Manual - Curso Completo Horta Orgânica Doméstica

Os amigos já sabem que defendo a criação de hortas orgânicas domésticas. Além de serem lindas, fonte de saúde e vida, podem ser consideradas como tarefa terapêutica, pois lidar com a terra e sementes, ajudando a natureza na criação de novas plantas, é uma experiência fantástica, que nos coloca em contato com nossa própria essência divina.

As crianças também podem e devem participar desta criação, pois a horta torna-se uma "desculpa" para o fortalecimento dos laços familiares, com instantes propícios para conversas gostosas, aprendizagens ricas e vivências de amor. Ademais, os pequenos adoram contato com a terra. Aproveite e incentive essa inclinação natural!

Sei das correias da vida, das dificuldades, da questão do racionamento de espaços e de tempo, mas é preciso ter em mente que uma horta não tem valor por seu tamanho, mas por sua proposta em si.

Pequenos vasos, jardineiras, garrafas pet, todos os pequenos lugares em que podemos colocar terra, sementes e água, nos servirão para plantar algo do que precisamos.

Claro que muitos não conseguirão cultivar tudo o que se usa na alimentação de uma família. Para isso seria preciso bastante tempo, disponibilidade e espaço. Porém, nem que seja um pequeno vaso com  algumas ervas e temperos, já se estará contribuindo com o clima vibracional do lar, através do amor que se deposita nesta atividade. Isso sem falar na diferença que é quando colocamos temperos frescos em nossos pratos. Não tem comparação!

Caso tenha interesse, clique no link abaixo e leia o manual completo de cultivo de horta orgânica doméstica.

Espero que possa te ser útil!

Abraços!!!

MANUAL COMPLETO DE CULTIVO DE HOTA ORGÂNICA DOMÉSTICA


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sobremesa Viva de Maçãs Com Geléia de Damascos e Canela

Esta delícia não leva mais que 10 minutos para ser montada Tem um toque de receita de inverno, porque leva canela e maçãs, porém nada vai ao fogo.

Fiz hoje e o maridão adorou.

Abaixo segue a lista para montarmos uma receita para quatro pessoas.
Uma sobremesa simples que acaba impressionando positivamente quem a experimenta.

Ingredientes:

1 maçã orgânica Fuji cortada em fatias finas, com casca e sem sementes
10 damascos hidratados (3 horas na água, depois escorrer)
50 gms de uva-passa hidratada (3 horas na água, depois escorrer)
5 Tâmaras hidratadas e sem sementes (3 horas na água, depois escorrer)
Sementes de Chia
10 nozes hidratadas (3 horas na água, depois escorrer)
Uma colher de calda de agave.
Canela à gosto

Modo de Fazer:

Fatie a maçã e besunte com a calda de agave. Separe.
Num liquidificador coloque os damascos, as uvas-passa e as tâmaras para bater. Use um biossocador (uma cenoura grande) para ajudar o equipamento na moagem, até formar um creme.
Em um prato, monte as fatias da maçã, coloque a geléia que bateu no liquidificador, polvilhe com a chia e canela e, por ultimo, enfeite com nozes (se quiser que fiquem doces, passe um pouco de calda de agave nas nozes antes de enfeitar).

Pronto!

Uma linda, deliciosa e nutritiva receita, que irá encantar família e amigos.

* Esta geléia que fiz com as frutas pode (e deve!) ser usada com pão essênio, como cobertura de tortas ou mesmo para ser servida sozinha. É bem doce, apesar de não levar açúcar. Apenas a frutose é suficiente para deixa-la deliciosa.

* * *

Você sabe porque hidrato as frutas, castanhas, nozes e as sementes?
Faço isso por motivos diferentes.
No caso dos damascos, tâmaras e uva-passa, hidrato para torna-las mais macias e fáceis de triturar. Além disso, deixam as sobremesas doces, pois possuem bastante frutose.
As castanhas e nozes hidrato para aumentar seus valores nutricionais e diminuir suas potencialidades alergênicas.
No caso das sementes, para germiná-las, conseguindo, assim, aumentar e muito seu valor nutricional.

Mais adiante farei uma postagem com a tabela para hidratarmos e germinarmos os alimentos.


Bom apetite!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Oficina de Alimentação Viva - ABPE

Queridos amigos,

No dia 18 de Outubro estarei apresentando alguns dos fundamentos da teoria vegana/crudivorista, na ABPE (Associação Brasileira de Pedagogia Espírita), na Rua Castro Maia, 251 - Jardim São Paulo - SP.

Vamos nos reunir por várias horas, conversando sobre temas interessantes (e importantes), tais como: alimentos orgânicos, agronegócio, horta urbana, compostagem, etc.

Além disto, colocaremos a "mão na massa", executando receitas deliciosas e práticas da culinária crudivorista.

Venha participar! Será uma ótima oportunidade de conhecer esta proposta de alimentação para o Terceiro Milênio, curtindo horas agradáveis e muito sabor.

As vagas são limitadas!

Abraços!

Equipamentos da Cozinha Crudívora

Ainda me lembro da primeira aula com o Dr Alberto, no curso Bases Fisiológicas, no Intervales.

Disse ele:

"Esqueçam o micro-ondas! E saibam que usarão bem pouco o fogão e o freezer!"

Confesso que assustei.

Depois do quarto dia de aula, entendi o porquê daquela afirmação.

Neste tipo de alimentação não cabem os congelados, tampouco os degenerados, nem requentados.

Tudo é feito para o dia. Nada de processados, industrializados, geneticamente modificados, etc.

Aí a dúvida: Será que terei muito mais trabalho?

Com o tempo pude responder, através da prática diária:

- Não. Mas a disciplina é indispensável. Pensar no prato com antecedência, imaginando quais grãos se quer germinar, que tipo de castanhas vamos hidratar, etc. Este é o maior trabalho.

No mais, o uso do ralador e alguns equipamentos que ajudam na confecção dos pratos.

Tempo final é o mesmo. O que muda, como disse, são os preparos, a seleção e ajuste dos ingredientes.

Abaixo vou listar os equipamentos que uso com frequência:


O moedor de alimentos (imagem ao lado), o liquidificador, o processador e o ralador.
Opcionais (que tenho e uso, mas que podemos sobreviver sem): o extrator de clorofila, o espirilizador e o desidratador.

Fui comprando os equipamentos aos poucos, para não pesar. 


Importante dizer que o liquidificador deverá ter boa potência (800 wt ou mais), pois ele trabalha muito, principalmente fazendo suco verde pela manhã.

Comprei um bom processador, da marca Walitta (imagem ao lado). Uso no preparo de muitas receitas.

O desidratador (imagem abaixo) comprei da marca Excalibur,  neste site.

Nele, em dias de chuva, preparo os pães essênios. Mas não só isso.

Desidrato frutas (por exemplo, quando as bananas estão passando do ponto, faço um purê com elas no liquidificador, coloco canela em pó e monto pequenas panquecas desidratadas.
Uma delícia.. basta recheá-las), faço base de tortas, etc.


Com o espirilizador  (primeira imagem) preparo o macarrão de abobrinhas e enfeito saladas variadas. As cenouras espirilizadas ficam lindas! Eles não são caros e podem ser encontrados neste site.

O moedor uso principalmente na preparação do pão essênio, para moer o trigo germinado. Não é caro demais (por volta de R$ 220,00) e, dependendo do quanto se faz esta receita, vale comprar, pois moer no liquidificador dá muito mais trabalho.

Já o extrator de clorofila, o Champion Juicer (foto abaixo), eu uso no preparo dos sorvetes vivos. Deliciosos, faço com frutas variadas, alegrando toda a família. Ele pode ser encontrado neste site.


Ao longo do tempo, irei colocando as receitas que faço, usando estes instrumentos.
Por certo podermos fazer os pratos sem o uso destes equipamentos, porém eles facilitam a vida.

Cada um saberá de suas possibilidades e necessidades...
Sugiro que antes da compra, façam boa pesquisa em sites e lojas confiáveis.

O que posso afirmar é que as marcas que coloquei nesta postagem são boas.
Uso todos os equipamentos, quase que diariamente, e nenhum deles ainda me deixou na mão.

A Paz Nas Refeições

Conheci uma senhora que se queixava de dor de estômago, com frequência.

Dizia que a comida não lhe caía bem, embora cozinhasse alimentos de qualidade, sem carnes, nem venenos.

Vegana, fazia tudo dentro dos padrões nutricionais, com muito capricho.

Comentou que foi ao médico, fez muitos exames, sem descobrir a causa.

"- É como se sentisse uma faca enfiada no estômago" - dizia ela.

Então, certa vez, perguntei:

"- Você come em paz?"

Ela ficou quieta, parecendo não entender a pergunta que fiz.

Decidi refazer a questão, desta vez de forma mais completa:

"- Quando você está comendo, o clima em família é de amorosidade? Vocês se tratam bem, com carinho?"

Eu sabia que ela sempre almoçava com o marido, já aposentado e que, vez ou outra, a filha mais velha vinha visita-los no horário das refeições.

Baixou o rosto, fechando os olhos, como se estivesse evocando memórias difíceis e respondeu:
"- Xi, minha filha...todo dia tem encrenca em casa. Ou é porque eu fiz algo, ou porque deixei de fazer. Ele fala e eu revido. Quando percebo, estamos gritando. Não aguento ficar de boca calada".

Pedi que fizesse uma experiência,  então. Que formulasse uma oração todos os dias, durante o preparo dos pratos. Que se ligasse à Deus e pedisse que abençoasse o alimento e o lar. E que durante a refeição, tentasse ficar tranquila, mesmo que viesse algum dardo do companheiro. Que não revidasse.

Meses depois, a encontro na rua e, com um sorriso no rosto, me contou que as dores tinham passado.

Então, comentei: "Você conseguiu retirar a 'faca' que colocavam juntos no seu estômago. Acontece que as discussões nos atingem e acabamos 'engolindo' muito mais que comida. Colocamos para dentro mágoas, raivas, indignação, angústias..."

Ela concordou, nos abraçamos e cada uma seguiu seu caminho, retornando às atividades do dia.

Por que conto esta história? É que acho importante a questão de levarmos a paz à mesa, sem ingerirmos carnes dos animais, sem nos enchermos de agrotóxicos, sem colocarmos a morte no prato. Porém, esta paz não diz respeito apenas ao que comemos, mas também ao que falamos, ao que sentimos, ao que pensamos.

Alimento bom é alimento enriquecido de amor.
Se os dardos mentais forem lançados, tornar-se-á comida indigesta, fazendo mal ao físico e à alma.

Paz para todos!



Polenta Orgânica com Shitake

Não faz muito tempo, escrevi sobre os alimentos transgênicos. Naquela postagem comento alguns motivos para ter deixado de consumir determinados produtos que encontramos em supermercados.

Um deles é o fubá.

Vale comentar que eu, como boa italiana, adoro polenta, desde pequena.
Minhas lembranças mais remotas são recheadas de encontros de família, nos domingos, com uma boa polentada com frango.

Bem, faz 14 anos que não como mais frangos. Mas continuava comendo a polenta, só que com molhos variados, e sentindo o mesmo prazer de sempre.

Entretanto, quando os fubás do mercado passaram a informar em suas embalagens que levavam milho transgênico, aboli também a polenta, o que me deixou chateada.

Acontece que encontrei, em uma loja de produtos naturais, um delicioso fubá orgânico, da VIA PAX: a mesma marca que produz o trigo orgânico, base para a grama que preparamos, semanalmente.

Voltamos a comer polenta, então.

Hoje, com a chuvinha que cai lá fora, e com o friozinho que está aqui dentro, uma polenta cai muito bem!
Fiz e ficou maravilhosa!

Esta da imagem preparei com:

1 litro de água mais 2 copos
7 colheres bem cheias de fubá orgânico Via Pax
Um fio de óleo de gergelim
2 colheres de óleo de canola
Sal marinho
400 gms de shitakes picados em tiras
4 Tomates frescos e maduros, picados em quadradinhos
2 dentes de alho picados
1/2 cebola picadinha
1 pequeno pedaço de alho-poró picado
250 ml de Molho de Tomate Orgânico (opcional. No meu caso, usei um caseiro que faço de tempos em tempos. Não gosto do sabor dos molhos prontos, mesmo dos orgânicos)
Alecrim
Cebolinha verde
Shoyou
1 pedaço de gengibre picadinho
Suco de meia laranja pera

Modo de Fazer:

Comece pelo recheio: Aqueça duas colheres de óleo de canola, frite o alho, depois coloque a cebola. Depois, o alho-poró e um pouco de sal. Mexa bem. Coloque os shitakes e vá mexendo. Quando eles estiverem "pegando" no fundo, bem molinhos, coloque o suco da laranja, o gengibre, os tomates e um pouco de shoyou. Coloque o molho de tomates. Experimente o sal.  Desligue o fogo, coloque a cebolinha picada e o alecrim. Reserve.

Coloque 1 litro de água para ferver com sal (à gosto) e um fio do óleo. À parte use os dois copos de água para misturar nele as 7colheres bem cheias do fubá. Despeje este  fubá diluído na água fervente, aos poucos, e vá mexendo. Quando atingir a consistência cremosa, continue mexendo, sem desligar a chama, apenas mantendo-a baixa. Desligue após 15 minutos.

Em uma travessa coloque uma parte da polenta e cubra com o molho.

Junto desta polenta, servi salada de brotos, avocado temperado com molho de limão e salada de cevadinha com ervas.

Tudo de bom!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia Mundial do Vegetarianismo

Embora o vegetarianismo seja uma prática milenar, convencionou-se comemorar este tipo de dieta alimentar em todo dia 01 de outubro, no mundo todo.

Em nosso país, 8% da população das principais capitais e regiões metropolitanas se declara vegetariana, segundo o Ibope. E este número tende a crescer, graças aos avanços da ciência e das grandes discussões éticas e ambientais, na atualidade.

Frequentemente as pessoas optam por esse tipo de alimentação, devido às suas crenças religiosas ou filosóficas, sendo contra o sacrifício de animais ou ainda por acreditarem ser esta dieta parte de uma opção de vida muito mais saudável, para si e para o planeta.

Seja lá qual for o motivo, devemos comemorar, pois trata-se de uma evolução considerável em nossos hábitos diários.

Por certo, para alguns o inicio foi difícil, pois sabemos que a ingestão de carnes e seus derivados é questão social, até mesmo filogenética. Nos desenvolvemos, enquanto espécie, consumindo carnes.
Aprendemos com nossos pais e amigos que comer carne é tão essencial quanto respirar oxigênio!
Como mudar, sem esforço? Difícil.
Mesmo quando todas as evidências nos mostram que, em verdade, aprendemos coisas erradas...

Já para outros (muitos dos que conheço), abdicar da carne foi mais simples do que se possa imaginar. Sei de pessoas que só de imaginarem carnes (e desde crianças!) sentiam náuseas.

Seja lá qual for o caso, o mais importante é termos em mente que o vegetarianismo/ veganismo é mais que um hábito. É filosofia de vida. E, assim sendo, é, também fonte de exemplos para o mundo.

Parabéns à todos vocês que já fizeram esta opção e aos que estão pensando em fazê-la. Afinal, o primeiro passo consiste em buscarmos informações a respeito, para depois seguirmos adiante.


Feliz dia dos vegetarianos!