quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Completando uma semana de blog...

Amanhã o blog fará uma semana.

Sete dias de postagens, com 32 textos e quase 2000 acessos. Uma marca que me impressiona bastante, afinal já escrevi em outros espaços, sobre outros temas, sem tanta procura.

No inicio achei que as pessoas iriam entrar, dar uma olhadinha e seguir a vida, como fazemos quando nos deparamos com uma vitrine bacana, na rua.
Paramos os passos, olhamos apaixonadamente para aquela blusa linda, cheia de brilhos, bordada, colorida... aí analisamos o preço, achamos caro demais para o bolso e vamos embora, tentando esquecer a peça, o preço e a vitrine.

Mas me parece que não está sendo assim. Muitos estão retornando, comentando as postagens por e mail ou facebook, questionando, palpitando...
Muito bom!

Então, e analisando este fato, comecei a perceber alguns indicadores, que descrevo, abaixo.

Primeiro que o assunto está em pauta, na atualidade. Parece-me que as pessoas estão sentindo algum entusiasmo pela mudança, ou ao menos andam curiosas com um assunto tão intrigante quanto o veganismo/ vegetarianismo.

Como alguém pode viver se alimentando apenas com comidas de origem vegetal? E ainda ser uma pessoa feliz, que come com prazer? Como?

Realmente a proposta parece bem impressionante. E o blog nos ajuda a compreender melhor estas questões.

Num segundo momento, imagino que tantos acessos deve-se ao descontentamento generalizado que sinto ao meu redor. O descontentamento com o sistema, com nossa forma de ser e viver neste mundo, cada vez mais complexo e angustiante.

Dentro da área da Psicologia (minha profissão), tenho alertado para a questão do adoecimento humano, demonstrado nos números que a Anvisa apresenta com relação aos antidepressivos, aos ansiolíticos, aos indutores de sono. Nunca se vendeu tanto remédio para a mente como agora, Oras, não estamos mais suportando o peso do "sucesso" que precisa ser conseguido a qualquer custo, devorando o tempo de qualidade, sugando nossas energias vitais até o osso! Estamos descontentes com esta nossa passividade diante do que imaginamos impossível transformar.
Sentimento de impotência com um toque de esperança.
Sem tempo para darmos conta das reflexões, o remédio surge como uma proposta tentadora, porém, paliativa.

Um terceiro indicador diz respeito ao aspecto físico mesmo. Doenças cardiovasculares, diabetes, problemas renais, circulatórios e tantos outros tem aumentado muito nos últimos anos. Fruto de nossa má alimentação, associada a uma má gestão do tempo e das emoções.

Um quarto motivo, que me parece existir, diz respeito a busca pela espiritualidade. Creio que estamos sentindo a necessidade de nos espiritualizarmos mais, de irmos ao encontro do outro, de nos sentirmos pertencentes, interdependentes, amorosos.

Bem, talvez seja isso. Ou talvez, não.
(Me lembrei do Caetano, agora...)

O que importa é que estamos falando mais a respeito.

Certa vez, Rubem Alves comentou que "Cada época fala mais sobre aquilo que lhe falta". Acho que é isso.

Na Idade Média, quando o uso da razão era proibido, quando todas as explicações eram teológicas, surgiram homens fantásticos com ideias impressionantes, inaugurando um movimento que hoje chamamos de iluminismo. Falaram tanto da necessidade da razão que ela até se tornou outro dogma!

Hoje em dia falamos sobre qualidade de vida emocional, de boa alimentação, de contato com a natureza, de consciência ambiental, de espiritualidade, de amor aos animais...

Estamos falando mais sobre o que nos falta, ultimamente.

E eu sigo aqui e ali, tentando engrossar este caldo.

Abraços e gratidão!

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